Justiça aceita ação de R$ 10 milhões de grupo ‘esquerdista’ contra XP por foto com homens brancos sem diversidade
O motivo da ação foi uma foto em que a quase totalidade dos funcionários era homem e branco.
O processo foi aceito pela juíza Julieta Pinheiro Neta, titular da 25ª Vara do Trabalho de Porto Alegre (RS). Na Justiça do Trabalho, o termo exato quando uma empresa sofre uma ação é “requerida”, o equivalente a ré na Justiça comum. A XP e a Ável foram intimadas a apresentar, em até 15 dias, contestações sobre os fatos relatados pelos autores da ação ou uma proposta conciliatória.

“As notificações foram expedidas em 23 de agosto. O prazo de 15 dias começa a contar a partir do recebimento das notificações pelas partes (as empresas). Os comunicados são entregues pelos Correios”, informou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS).

Na quarta-feira (18), o Centro Santo Dias de Direitos Humanos e as ONGs Educafro e Visibilidade Feminina protocolaram uma ação, decorrente da repercussão de uma foto divulgada pela Ável, que se apresenta como “o maior escritório de assessoria digital da XP”.

A imagem mostra colaboradores da empresa, na cobertura de sua sede, em Porto Alegre, sendo quase todos homens brancos.

No processo, as entidades pedem indenização de R$ 10 milhões por dano social e moral coletivo, e que as empresas cumpram algumas medidas para aumentar a diversidade nos seus quadros de colaboradores, como:

  • A composição do quadro de contratados permanentes ou temporários tenha a mesma proporção de negros, mulheres e indígenas presente na sociedade brasileira;
  • Haja cotas para pessoas idosas e pessoas com deficiência;
  • As empresas incorporem ao conselho de administração quatro novos membros, integrantes das comunidades sub-representadas;
  • Seja contratada uma auditoria externa para acompanhar a execução das medidas.